CNSaúde participa de reunião com ministro da Casa Civil sobre os impactos da greve dos caminhoneiros 

A Confederação Nacional de Saúde – CNSaúde, juntamente com as demais confederações dos principais setores econômicos do País se reuniram na quarta-feira, 30 de maio, com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, no Palácio do Planalto. A pauta da reunião foi a retomada do abastecimento, as ações imediatas que estão sendo tomadas e uma avaliação dos prejuízos dos setores após dez dias de greve dos caminhoneiros.

Participou da reunião o coordenador do Departamento Político Institucional da CNSaúde, Clovis de Queiroz Neto, e representantes das confederações da Agricultura (CNA), da Indústria (CNI), dos Transportes (CNT), do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC), e das Instituições Financeiras (CNF).

Clovis Queiroz, coordenador do Departamento Político Institucional da CNSaúde, aproveitou o encontro para entregar um ofício ao ministro com o pedido ajuda ao governo para absorver os impactos das paralisações causados no setor da Saúde. No ofício CNSaúde 148/2018, a instituição manifestou sua preocupação com a continuidade do desabastecimento de insumos, medicamentos, alimentos e combustível no segmento nos últimos 10 dias, como também alertou que a continuidade dessa situação poderá causar sérios riscos a prestação de serviços a Saúde e aos serviços emergências a população brasileira.

No documento, foram descritas as situações que passaram a fazer parte do cotidiano dos prestadores de serviço de Saúde nos estados brasileiros, como: a falta de coleta de resíduos hospitalares; A escassez de combustível para o abastecimento de veículos particulares ou mesmo de transporte público, que inviabiliza o acesso do profissional do setor nos estabelecimentos de saúde; a preocupação com a alimentação dos pacientes; escassez de insumos e medicamentos; a falta de abastecimento de geradores hospitalares e serviços de emergência; a queda de doação de sangue nos últimos 10 dias, causando a diminuição dos estoques regulatórios nos hospitais; e o bloqueio dos caminhões transportadores de insumos e medicamentos sem carga, o que impossibilita realizar novas entregas;

Diante dos impasses apresentados, a CNSaúde solicitou medidas emergenciais que possam minimizar esses impactos no atendimento da prestação do serviço de Saúde a população nacional, destacando: a inclusão da CNSaúde no Gabinete de Crise Nacional; Inclusão das Federações e Sindicatos de Saúde nos Gabinetes de Crise Estaduais; identificação de postos de abastecimento de combustível em todos os municípios do país, para a garantia, com prioridade e preferência, do abastecimento de ambulâncias do serviço público ou privado; garantia do abastecimento dos geradores hospitalares; garantia do abastecimento de produtos alimentícios nos estabelecimentos hospitalares, sejam eles públicos ou privados; priorização do transporte de insumos e medicamentos, devendo caso necessário, a realização de escoltas pela Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional, Exército ou Polícia Militar local, ao longo de todo trajeto de ida e volta dos caminhões de transporte; e a convocação das forças de segurança nacional para a doação de sangue, visando a manutenção dos estoques regulatórios dos Bancos de Sangue até a normalização das doações.

A CNSaúde está vigilante as necessidades do setor e continuará acompanhando os desdobramentos em cada estado por meio de suas Federações, auxiliando no encaminhamento de todas as necessidades do setor junto ao governo federal.

Participaram também da reunião a diretora Administrativa da CNSaúde, Simone Costa e a Dra. Joicy Damares Pereira, do departamento Jurídico.