A divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) pelo Ministério da Economia, realizada no último dia 24/4, confirma uma tendência apresentada nos últimos anos, os segmentos empresariais da saúde são uma potência na geração de postos de trabalho formais no país.
Segundo o CAGED, os números do mês de março demonstram que o Brasil teve saldo negativo na oferta de vagas formais, fechando 43.196 postos de trabalho, diante de 1.261.177 admissões e 1.304.373 demissões no mês. Em contrapartida, os segmentos da saúde (CNAE 86, 87 e 88) obtiveram índice positivo de 5.788 postos de trabalho, com 56.843 admissões e 51.055 demissões.
O resultado demonstrado pelos segmentos empresariais da Saúde se tornam ainda mais relevantes para o país, se os comparamos com os resultados alcançados por outros segmentos econômicos, como é o caso do Comércio que terminou o mês de março com menos de 28.803 postos formais, seguido pela Agropecuária (-9.545), Construção Civil (-7.781), Indústria da Transformação (-3.080) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (-662).
Os únicos grandes segmentos que tiveram saldo positivo nesse período a exemplo da Saúde foram o segmento de Serviços (4.572), Administração Pública (1.575) e Extrativa Mineral (528).
Por Região e UF
De acordo com o CAGED, as cinco regiões do país apresentaram saldo positivo do emprego formal nos segmentos da saúde privada. O maior número de vagas registradas foi na região Sudeste (2.171 postos), acompanhado das regiões Nordeste (1.966 postos), Sul (903 postos), Centro Oeste (532 postos), e Norte (216 postos).
Por unidade federativa, 24 estados registraram expansão do emprego nos segmentos da Saúde. Os melhores resultados foram alcançados pelos estados de São Paulo, com 1.280 novas vagas; Bahia, com 1.262 vagas; Minas Gerais, com 894 vagas; Rio Grande do Sul, com 341 vagas; e Paraná, com 317 vagas. Apenas três estados apresentaram retração nos postos de trabalho, Rio de Janeiro (-67 vagas), Maranhão (-37) e Rondônia (-1).
Acumulado do ano
No acumulado dos três primeiros meses do ano de 2019, o saldo positivo alcançado pelos segmentos empresariais da saúde é de 30.656 novos postos de trabalho, sendo responsável por quase 19% das novas vagas de trabalho criadas no país nesse período, que foi de 164.256 novos postos de trabalho. O resultado de 2019 é quase 30% maior do que o alcançado pelo setor em 2018 nesse mesmo período (23.713 postos de trabalho).
Os segmentos que compõe o setor da Saúde privada apresentaram criação de postos muito superior a outros segmentos econômicos no acumulado de 2019, como Extração Mineral (1.597), Serviços Industriais de Utilidade Pública (115), Construção Civil (17.591), Administração Pública (12.284) e Agricultura (-4.294).
Para o presidente da Confederação Nacional de Saúde – CNSaúde, Dr. Breno Monteiro, os resultados obtidos nos três primeiros meses do ano de 2019, reforçam a posição de destaque que o setor exerceu ao longo de todo o ano de 2018, onde, quase 17% (88.981) do total do saldo positivo dos postos de trabalho criadas no país (529.554), foram gerados pelos segmentos que compõem a saúde privada.
“Os nossos números evidenciam que os segmentos da saúde privada, mesmo diante de todas as dificuldades que vem enfrentando, como um ambiente regulatório adverso ao setor, tem investido ano a ano na expansão dos seus postos de trabalho, para um melhor atendimento à população brasileira. Os dados demonstram que a nossa geração de empregos tem duas características muito forte, ou seja, está mais vinculada a Micro e Pequenas Empresas e a faixa etária de até 39 anos”, destaca Breno Monteiro.
Confira abaixo as tabelas com os dados do CAGED em detalhes:
Acumulado de 2019 (jan-mar) dos postos de trabalho
Setor | Saldo (Admissões – Demissões) |
Extração Mineral | 1.597 |
Indústria de Transformação | 65.321 |
Serviços Industriais de Utilidade Pública | 115 |
Construção Civil | 17.591 |
Comércio | – 88.791 |
Serviços | 160.433 |
Saúde* | 30.656 |
Administração Pública | 12.284 |
Agricultura | – 4.294 |
Saldo Geral | 164.256 |
Fonte: CAGED – Ministério da Economia. Elaboração: CNSaúde.
* os dados da Saúde compõem o tópico Serviços
Saldo (admissão – demissão) do emprego formal (CLT) na Saúde por UF
Rondônia | 22 |
Acre | 40 |
Amazonas | 49 |
Roraima | 12 |
Pará | 260 |
Amapá | 86 |
Tocantins | 93 |
Maranhão | – 73 |
Piauí | 265 |
Ceará | 613 |
Rio Grande do Norte | 362 |
Paraíba | 316 |
Pernambuco | 2.642 |
Alagoas | 140 |
Sergipe | 640 |
Bahia | 1.825 |
Minas Gerais | 3.335 |
Espírito Santo | 515 |
Rio de Janeiro | 204 |
São Paulo | 8.216 |
Paraná | 1.555 |
Santa Catarina | 1.367 |
Rio Grande do Sul | 837 |
Mato Grosso do Sul | 4.813 |
Mato Grosso | 1.179 |
Goiás | 376 |
Distrito Federal | 967 |
Total Brasil | 30.656 |
Fonte: CAGED – Ministério da Economia. Elaboração: CNSaúde
Saldo (admissão – demissão) do emprego formal (CLT) na Saúde no primeiro trimestre do ano
2018 | 23.713 |
2019 | 30.656 |
Saldo (admissão – demissão) do emprego formal (CLT) na Saúde por Gênero
Masculino | 8.791 |
Feminino | 21.865 |
Total Brasil | 30.656 |
Fonte: CAGED – Ministério da Economia. Elaboração: CNSaúde
Saldo (admissão – demissão) do emprego formal (CLT) na Saúde por Faixa Etária
Até 17 | 3.754 |
18 a 24 | 14.274 |
25 a 29 | 6.216 |
30 a 39 | 6.957 |
40 a 49 | 2.623 |
50 a 64 | -2.453 |
65 ou mais | -715 |
Total Brasil | 30.656 |
Fonte: CAGED – Ministério da Economia. Elaboração: CNSaúde
Saldo (admissão – demissão) do emprego formal (CLT) na Saúde por Grau de Instrução
Analfabeto | 6 |
Até 5ª Incompleto | 278 |
5ª Completo Fundamental | -39 |
6ª a 9ª Fundamental | -77 |
Fundamental Completo | 1.579 |
Médio Incompleto | 62 |
Médio Completo | 19.803 |
Superior Incompleto | 481 |
Superior Completo | 8.563 |
Total Brasil | 30.656 |
Fonte: CAGED – Ministério da Economia. Elaboração: CNSaúde
Saldo (admissão – demissão) do emprego formal (CLT) na Saúde por Tamanho do Estabelecimento
Micro | 13.269 |
Pequena | 4.133 |
Média | 7.021 |
Grande | 6.233 |
Total Brasil | 30.656 |
Fonte: CAGED – Ministério da Economia. Elaboração: CNSaúde